No dia 13 de fevereiro de 2022 comemoramos 35 anos de vida. É motivo mais do que suficiente para relembrarmos como tudo começou.
O Companheiro surgiu pela mão do Padre Dâmaso que, na sequência de visitas a prisões, percebeu que a população reclusa não tinha quaisquer apoios após o cumprimento da pena, sendo assim muito difícil a sua reintegração na sociedade, principalmente em casos de rutura familiar, afetiva e social. Aliás, os indivíduos tinham mais apoio durante o cumprimento da pena, e esse apoio terminava abruptamente uma vez fora dos estabelecimentos prisionais.
A Declaração Universal dos Direitos do homem enuncia que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito. Dotados de razão e consciência, devendo agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. No entanto, tal não acontece. A fraternidade e solidariedade são valores que parecem terem entrado em colapso numa sociedade sem espaço para quem sobrevive nas assimetrias de uma vida tida como normal.
É por isso que a missiva d’O Companheiro é “Para Que Não Haja Homem Excluído Pelo Homem”. Desenvolvemos, desde 1987, um trabalho pluridisciplinar durante e no pós reclusão.


